sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Ciúmes!

Um dos maiores obstáculos para uma vida harmônica, plena, mais expressiva e significativa é o medo de perder, sobretudo medo de perder alguém, o medo de perder quem dizemos amar: cônjuge, filhos amigos, patrão, empregado, cliente... Esta emoção é a principal responsável pelo nosso sofrimento vital.
O medo de perder é o medo de tornarmos dispensáveis para a pessoa com a qual estamos nos relacionando, ele se reverte de mil e uma formas, aparece sobre mil disfarces, como o medo de sermos criticados, que falem mal de nós, medo de que nos humilhem, de sermos rejeitados, de não sermos importantes, de sermos menos prezados, de não sermos amados, medo da solidão, e tudo isso pode ser designado por uma palavra : C I Ú M E S !
O ciúme é o medo de não ter alguém, de não possuir alguém, de não ser dono de alguém. No ciúme temos medo de um dia sermos considerados inúteis, dispensáveis a outra pessoa, esta é a emoção do apelo, confusa, misturada, dependente e o que agrava é que na nossa cultora aprendemos como se o ciúmes sendo amor, e ele é justamente o oposto do amor pois na relação amorosa existe identidade, eu sou independentemente de você, na relação ciumenta, por outro lado, perde-se a identidade: eu sem você não valho nada, você é tudo para mim.
O amor é solto, é livre, vem de querência intima, está diretamente ligada ao sentimento de liberdade, de opção, de escolha. O ciúme prende, amarra, condiciona, determina, com essa emoção eu já não sou eu, sou o que o outro quer que eu seja.E eu sou assim para que ele seja aquilo que eu quero que ele seja.
No ciúme há um pacto de destruição mútua, cada qual, usa o outro como garantia de que não estará sozinho. Eu me abandono para que o outro não me abandone, eu me desprezo para que o outro não me despreze, eu me desrespeito para que o outro não me desrespeite, eu acabo me destruindo para que o outro não me destrua.
Ainda, não vimos até hoje, um relacionamento se deteriorar sem a presença marcante do ciúme, do desejo de sermos donos da outra pessoa, de ter poder e controle sobre as ações e até dos pensamentos da pessoa que dizemos amar!
O ciúme é a doença do amor, ciúme é a dor da incerteza com relação ao sentimento de alguém no futuro. É a raiva de não possuir a segurança absoluta do relacionamento no futuro, é a tristeza de não saber o que vai acontecer amanhã. Alías, o que dói no ciúme, é a insegurança do futuro, é a insegurança do desconhecido. A loucura está aí, passamos a vida inteira tentando conseguir o que jamais conseguiremos: segurança... Pois ela não existe!
Cada pessoa é única e exclusivamente dela mesma, podemos perder um livro, um isqueiro, uma bolsa, porém jamais podemos perder uma pessoa.
Agora, se você aprende a perder, a cair, a errar e a morrer, ninguém o controla mais, pois o máximo que pode acontecer a você é cair, é perder, é errar, é morrer e isso você já sabe!!

4 comentários:

VERTIGO disse...

Primeiro prazer em conhecer, segundo, seu blog é interessante, terceiro,obrigado pela visita e volte sempre.

Medo é um sentimento triçoeiro, às vezes por medo perdemos alguém, por medo de falar, de nos expor, de ser feliz, enfim, não tenha medo de você.

BJS.

Japa Girl disse...

Olá!
Em primeiro lugar, obrigada pela visita! O blog não é só meu não. escrevo com mais alguns amigos. Volte sempre que quiser!
Agora, quanto ao seu post, posso dizer que pessoas extretamente ciumentas são muito controladoras e dependentes, pois se perderem o que querem controlar, ficam perdidas, sem saber o que fazer...
Até+!

Fernanda disse...

Adorei seu post...
Tantas verdades nele !
O fato é a distância entre dizer e fazer, ah como é difícil !

Desculpe me a invasão !

Bom sábado !

david santos disse...

Olá, Lyz!
Está tudo dito. Agora cabe-me dizer a mim que estou totalmente de acordo.
Parabéns.